Queda no número de ações trabalhistas preocupa escoceses

Uma redução de 10% no número de ações trabalhistas está preocupando a Ordem dos Advogados da Escócia. De acordo com a entidade, dois fatores podem ser a causa da queda: o fim da assistência judiciária para casos trabalhistas e o fim da gratuidade da Justiça do Trabalho em todo o Reino Unido. As custas judiciais na área trabalhista só foram inseridas em julho do ano passado. Para entender o impacto da mudança e a sua influência no acesso à Justiça, a Law Society of Scotland está pedindo para os advogados trabalhistas relataram sua experiência profissional.

Longa jornada
O acesso à Justiça também está preocupando a advocacia de Portugal. Mas, por lá, a causa é diferente: o fechamento de 20 tribunais de primeira instância. A Ordem dos Advogados de Portugal revelou que as cidades onde ficam esses tribunais não têm transporte público eficiente. Quem mora nelas e precisar recorrer a Justiça terá duas opções: ou vai no dia anterior até a cidade vizinha onde ainda tem um tribunal e passa noite lá ou paga mais de 100 euros (R$ 325) num táxi.

Ficha suja
Na Inglaterra, o Ministério da Justiça constatou o óbvio: ex-detento que consegue se integrar à sociedade está menos propenso a reincidir no crime. E, para tentar dar um empurrão na vida dos condenados, o governo decidiu reduzir o tempo de duração da ficha suja criminal. Pelo menos, para os crimes de menor potencial ofensivo.

Procura-se emprego
A partir de segunda-feira (10/3), funciona da seguinte maneira em solo britânico: quem foi condenado a até seis meses de prisão, precisa revelar a condenação para um futuro empregador por até dois anos. Depois disso, não. Para as penas de até quatro anos, o tempo de expiração do antecedente criminal é de sete anos. Punições superiores a esse tempo não expiram nunca e o condenado terá sempre de revelar seu passado, quando questionado. Para a Justiça, no entanto, a ficha de antecedentes criminais continua sempre válida.

Amarras do passado
A mudança na legislação da Inglaterra é especialmente importante considerada a maioridade penal no país, que começa aos 10 anos. A obrigação de sempre revelar a ficha criminal para o empregador significava que um adolescente que furtou um pacote de bolachas podia não encontrar emprego quando chegasse à idade adulta por conta do seu passado criminoso, como esses casos relatados aqui.

Movimento separatista
O referendo na Crimeia, Ucrânia, entrou na pauta de discussão da Comissão de Veneza, órgão consultivo do Conselho da Europa. O grupo vai analisar se a consulta popular sobre a integração da região à Rússia está de acordo com a constituição da Ucrânia. O parecer será discutido na próxima sessão plenária em Veneza, nos dias 21 e 22 de março.

Conflitos no Congo
O Tribunal Penal Internacional anunciou na sexta-feira (7/3) seu terceiro veredicto. O congolês Germain Katanga foi condenado por comandar um ataque à vila Bogoro no Congo. A pena dele deve ser anunciada pelo tribunal nos próximos meses. Mathieu Ngudjolo Chui, que foi denunciado junto com Katanga pelos mesmos crimes, foi absolvido em dezembro de 2012.

Nascido em Brasília em 10 de julho de 1971, formou-se em Direito no Uniceub em 1993. É pós-graduado em Direito e Processo do Trabalho e Processo Civil. Conselheiro Seccional eleito por duas gestões 2004/2009, tendo presidido a Comissão de defesa e prerrogativas da OAB/DF. Vice-presidente da OAB/DF no período de 2008/2009. Ocupou o cargo de Secretário-Geral da Comissão Nacional de Prerrogativas do Conselho Federal da OAB na gestão 2007/2010. Eleito Presidente da OAB/DF para o triênio 2013/2015, tendo recebido a maior votação da classe dos advogados no Distrito Federal com 7225 votos. É diretor do Conselho Federal da OAB na gestão 2016/2019, corregedor-geral da OAB e conselheiro federal pela OAB/DF.