MP quer que mais dois deputados sejam investigados

Após cinco anos de investigações, a Procuradoria-Geral da República decidiu pedir ao Supremo Tribunal Federal que apure o envolvimento de mais dois deputados com o suposto esquema de compra de apoio político, conhecido como “mensalão”. As informações são da Agência Estado.

São eles: Carlos Bezerra (PMDB-MT), que teria favorecido as operações de crédito consignado do Banco BMG, quando presidiu o INSS, e José Mentor (PT-SP), pelos repasses efetuados em seu benefício pelo grupo de empresas de Marcos Valério.

O banco BMG é acusado de ter simulado empréstimos para o PT e as agências de publicidade do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e, assim, abastecer o esquema ilícito de pagamento de propina.

O ministro do STF Joaquim Barbosa, relator do caso, ainda não decidiu sobre as novas solicitações, feitas pelo chefe do Ministério Público Federal, Roberto Gurgel.

Gurgel também quer que três segmentos da investigação passem para a primeira instância da Justiça Federal, pois não encontrou indícios da participação de investigados com foro privilegiado.

Para Minas Gerais, seria enviada a apuração sobre a suspeita de envolvimento de três pessoas ligadas aos deputados Vicentinho (PT-SP) e Benedita da Silva (PT-RJ), e ao atual ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, também filiado ao PT. À Justiça Federal de São Paulo seria remetida a investigação quanto à participação da Brasil Telecom, Telemig Celular e Amazônia Celular, e, para Brasília, o julgamento das irregularidades nas gestões dos bancos Econômico e Mercantil de Pernambuco perante o Banco Central.

As investigações do Ministério Público têm sido conduzidas pela mulher de Gurgel, a subprocuradora Cláudia Sampaio Marques, que estudava o escândalo antes mesmo de seu marido assumir o posto procurador-geral.

Nascido em Brasília em 10 de julho de 1971, formou-se em Direito no Uniceub em 1993. É pós-graduado em Direito e Processo do Trabalho e Processo Civil. Conselheiro Seccional eleito por duas gestões 2004/2009, tendo presidido a Comissão de defesa e prerrogativas da OAB/DF. Vice-presidente da OAB/DF no período de 2008/2009. Ocupou o cargo de Secretário-Geral da Comissão Nacional de Prerrogativas do Conselho Federal da OAB na gestão 2007/2010. Eleito Presidente da OAB/DF para o triênio 2013/2015, tendo recebido a maior votação da classe dos advogados no Distrito Federal com 7225 votos. É diretor do Conselho Federal da OAB na gestão 2016/2019, corregedor-geral da OAB e conselheiro federal pela OAB/DF.